quinta-feira, 1 de março de 2018

O que é teu é meu, o que é meu é teu ou...nem por isso??

Num escritório que é um open space, mesmo que estejas como o sócio (concentradissima) não deixas de ouvir as conversas à volta...e á uns dias atrás dizia uma colega para outra:
-"O meu marido é muito raro mexer na minha conta, mas quando o faz diz-me logo!".

Noutra altura uma pessoa da minha equipa dizia que achava mal estar a pagar x de renda, mas que como nem era ele que pagava mas sim a mulher, que ela é que sabia; ou a mulher tinha arranjado uma empregada, mas que como era ela que pagava e que não se ia meter.
O meu marido também tinha uma colega que dividia com o marido as contas religiosamente: metade da renda, luz, água etc a cada um, se ela comprasse uns ténis ao filho o marido tinha de dar metade, se ele lhe emprestasse dinheiro ela tinha de pagar de volta, até a conta do super era escrutinada por ambos sobre o que era para um/o outro/para a casa/para o puto, além das contas bancárias separadas e por diante.

Nem eu nem meu homem vemos as coisas dessa forma porque nos consideramos (sindicalmente falando) uma frente unida com um objectivo comum: o bem estar e unidade da família e, não tendo nada contra quem assim não o é, temos tudo em comum: contas, cartões multibanco, não "prestamos" contas um ao outro, não emprestamos dinheiro ao outro, o que compramos para as miúdas, para nós ou para a casa está comprado porque é para o bem estar ou necessidades da nossa "frente de unidade social"...

Seremos antiquados? Estamos muito à frente? Porque ainda achamos que o que é nosso é do outro e das miúdas.

2 comentários:

  1. Bem... Isso dava pano para mangas...
    Lá por casa, funcionamos como vocês... Como uma equipa, com os seus altos e baixos, mas com a ideia de uma continuidade ao longo do tempo, e não à espera de "partir à primeira contrariedade"...
    Caso a ideia de quebra fosse mais premente... Se calhar a divisão faria mais sentido... "depois dava menos trabalho"...

    Provavelmente a questão de quebra nem se põe nos casos que falaste... São formas diferentes de fazer as coisas... Mas para mim, não faz muito sentido...

    Beijinhos!

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    1. Sim, é isso...senão osvotos de casamento diriam "na alegria e na tristeza, na saude e na doença, mas não na conta bancária"...mas cada um com oseu método né.

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